quarta-feira, 18 de julho de 2012

Três triciclos

Os triciclos de adultos são cada vez mais populares e à medida que a quantidade de bicicletas a circular em Lisboa aumenta, aqueles que, por algum motivo, não podem pedalar nas duas rodas, descobrem no triciclo ou tricicleta a solução procurada.
Apresento aqui três exemplos vistos na rua. Não são todos de ou em Lisboa, mas não andam muito longe e são, claramente, três soluções idênticas para três "problemas" diferentes.

Nos arredores de Lisboa, numa aldeia do concelho de Vila Franca de Xira, a senhora do triciclo já é conhecida de todos.
Só o facto de alguém se deslocar à força das pernas e dos pés nos pedais naquele lugar da serra, onde para chegar, seja por norte ou por sul, é preciso ser um daqueles trepadores que ganham o maillot à pois, já é surpreendente!
Esta senhora, porém, descobriu que um triciclo, com uma jeitosa capacidade de carga, era tudo o que precisava para os seus afazeres do dia-a-dia, entre as hortinhas que cultiva e a sua casa. Dá ainda para ir descansadamente à mercearia vende-tudo, ao café, ao multibanco, ou à escola buscar o net.
Não há pressas!



Continuando com as senhoras primeiro e agora noutra realidade urbana, também encontrei esta senhora a pedalar o seu triciclo junto ao rio Tejo ali no Parque das Nações Norte. É ideal para passear, ou para ir até ao centro comercial fazer umas compras. Não saber andar de bicicleta ou já não ter a destreza da juventude não é, como se vê, motivo para não adoptar uma "cena a pedais" como meio de transporte económico, ecológico e eficiente.
Ah! E chique! ;-)



O triciclo é ainda uma solução a considerar para pessoas com mobilidade reduzida ou portadoras de algum tipo de deficiência que, contudo, não as impeça de pedalar. É o caso do senhor que se segue. O triciclo é o seu meio de transporte para o trabalho e por vezes no trabalho, já que utiliza o "balde" para transportar as ferramentas de jardinagem. A paralisia cria-lhe dificuldades na fala, prende-lhe os movimentos, desequilibra-lhe a locomoção, mas no triciclo, ao seu ritmo, não é raro vê-lo a 10 ou 15 km de Santa Iria onde reside!
O triciclo que pedala não é de origem, foi montado e adaptado com partes de bicicletas velhas e com a ajuda do mecânico lá do bairro. Bem que gostava de ter um a motor, que bem sabe que os há, mas são demasiado caros para as suas capacidades financeiras.



Os triciclos são fáceis de encontrar à venda. Em certas épocas até as grandes superfícies de supermercado os comercializam. Mas, certamente, com mais qualidade, é possível encontrá-los também em algumas grandes superfícies de desporto. E não se escondem sequer na montra das lojas especializadas em bicicletas.
Para não fazer publicidade directa no artigo, deixo a sugestão para partilhar essa informação nos comentários, se alguém perguntar.

Nunca é tarde para se andar de triciclo! E se por algum motivo não puder ir de bicicleta, lembre-se que há o triciclo! :-)

Passear o cão

Aqui estão dois episódios caricatos de pessoas a passear o cão enquanto andam de bicicleta.
Os cães gostam de bicicletas, é sabido. Gostam sobretudo de as perseguir e ladrar aos ciclistas. Os cães adoram os seus donos, é sabido, e fazem tudo para lhes agradar. Adoram sobretudo alinhar com os seus donos em brincadeiras, correrias e maluquices. Se for tudo junto, então, os cães estão lá! :-)
As imagens seguintes foram captadas na ciclovia do Tejo em Junho e no Parque das Nações Norte em Março, respectivamente.



Equanto na primeira situação o rapaz, adulto, instalou no selim um dispositivo artesanal que atrela o animal, no episódio do rapaz, criança, com capacete integral e uma bicicleta com muitos, muitos mais anos que ele, o objectivo era outro. O miúdo segurava na trela do cão e incentivava-o a puxar, ou seja, queria uma bicicleta com tracção animal! Porém, o cão ficava sempre para trás e a perseguir a bicicleta!

Um "chapuzón" na publicidade a pedais!



Assim de repente parece em Espanha, devido ao anúncio, mas foi aqui em Lisboa, há alguns dias. Circulavam entre as avenidas novas, da República para a 5 de Outubro, quando os avistei.