sábado, 29 de janeiro de 2011

«Pedala todos os dias. Festeja uma vez por mês.» *

* É o lema da Massa Crítica e serve bem de título ao espécie-de-foto-post que agora elaboro.

Um dia desta semana, porque calhou, resolvi parar um bocadinho no cruzamento da Av. da República junto ao Campo Pequeno, para "contabilizar" ciclistas de todos os dias, disponibilizando-me a não ficar mais de 5 minutos para ver a mesma quantidade de bicicletas passarem por ali... onde Lisboa tem, de resto, 7 avenidas sem colinas. ;-)

Dois dias depois, foi dia de Massa Crítica. A primeira de 2011. Quantos fomos? Não sei, mas seguramente para cima de 70 bicicletas de todos os tamanhos e feitios! Choveu uma bela carga de água e ninguém arredou pedal.

Aqui vai a crónica fotográfica...

... dos que pedalam todos os dias...



... e dos que festejam uma vez por mês.
MASSA CRÍTICA LISBOA JANEIRO 2011



fotografias: mmm -- CLICAR PARA AUMENTAR

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Bike Polo no Campo Grande, Lisboa, às Quartas-feiras

Bike/Bicycle/Cycle Polo é uma espécie de versão em bicicleta do pólo a cavalo. Um jogo de equipa, inventado em County Wicklow, na Irlanda, em 1891, pelo ciclista aposentado, Richard J. Mecredy. A modalidade é semelhante ao pólo tradicional mas em vez de cavalos, os jogadores usam bicicletas.
Actualmente, em meio urbano, o jogo ("Hardcourt Bike Polo" ou "Urban Bike Polo") decorre em pisos duros, nivelados e contínuos, nomeadamente "courts" de ténis, "rings" de patinagem, com pouca formalidade e regras que podem variar de cidade para cidade em cada país.
Geralmente formam-se equipas de três elementos munidos de "mallets" (tacos) e uma bolinha (de hoquei de rua), não há substituições, as "balizas" são marcadas com cones de sinalização e cada jogo é bastante rápido, cerca de seis minutos.
Esta é a forma do jogo que se popularizou desde 2007 um pouco por todo o mundo (EUA, Irlanda, França, Índia, Alemanha, Paquistão, Malásia, Sri Lanka, Indonésia, Hungria, Austrália, Portugal, Inglaterra, Argentina, Itália e Canadá).

Na zona de Lisboa, existem pelo menos dois locais onde o pessoal, mais experiente ou iniciado, se junta para treinar e fazer umas "voltinhas": às Segundas-feiras em Paço de Arcos e às Quartas-feiras no Campo Grande.

O "desporto" aparece frequentemente associado a um tipo de bicicleta: a "fixie", uma bicicleta com engrenagem ou roda fixa - o cubo da roda traseira e os pedais movem-se sempre na mesma relação e recíprocamente (parar de pedalar pára a bicicleta, pedalar invertidamente faz andar para trás).
No universo das "fixie" aparecem tendencialmente praticantes oriundos de determinadas modalidades desportivas com bicicleta e determinados serviços urbanos, como os "bike-messengers", por isso, é natural que também se desenhe e caracterize uma determinada "tribo urbana" em torno do "bike polo".

Na semana passada fui até ao "ring" do Campo Grande mas como, praticamente, não apareceu ninguém para jogar, andei lá a tentar conduzir a bicicleta só com uma mão enquanto com a outra mão munida de um "mallet" tentei dar umas tacadas numa bola.
Para quem aprendeu a andar de bicicleta há poucos meses, foi giro para treinar o controlo da bicicleta só com uma mão.

Esta semana voltei ao local mas só para assistir aos jogos. Apareceram mais jogadores, todos rapazes, e foram formando equipas com alguma rotatividade. Penso que a ideia é quem aparecer e quiser jogar, joga.
É um desporto um bocadito violento: quedas aparatosas, choques em cadeia, tacadas nas canelas e boladas nos queixos, são pratos do dia... e da noite. No Campo Grande joga-se de noite!

Aqui ficam algumas fotografias e filmes que fiz no local, nesta Quarta-feira, dia 19 de Janeiro. Uma amostra de um entretenimento popular urbano.

imagens e videos: mmm CLICAR nas imagens para AUMENTAR.








domingo, 16 de janeiro de 2011

Andar a pé (é) chato!

Porque não tenho carta de condução nem automóvel nunca tinha pensado em como se dá a "necessidade" de ir de carro para todo o lado, nem que seja ali a 200m.

No outro dia estava há 3 horas a andar a pé em Lisboa - e tudo no mesmo km2!! - a tratar de assuntos, quando pensei - "Bolas, podia ter trazido a bicicleta!" - e dei por mim a também querer levar o meu transporte pessoal para todo o lado, nem que seja ali a 200m!

Todavia, nem sempre encontro vantagem em levar a bicicleta da periferia para a cidade. Raramente a bicicleta ganha à, ainda que fraca, disponibilidade de transportes públicos que tenho. O que realmente me anda a fazer falta é aquela prometida rede de bicicletas partilhadas em Lisboa. Não sei se, uma vez implementada, vou ser cliente, mas agora dou por mim a chatear-me por ter que andar a pé 100m quando podia ir de "bike" - exactamente o mesmo fenómeno que se dá nos automobilistas e que os leva a querer levar o carro para fazer qualquer distância e querer sempre estacionar à porta.

PS.
Encontrei um site engraçadito para assinalar rotas, nomeadamente as cicláveis. Este é um dos meus percursos Casa-Trabalho que faço em bicicleta. Ainda não sabia quantos metros eram, fiquei a saber. ;-)

imagem: encontrada em humor-in-photos-and-pictures.blogspot

sábado, 15 de janeiro de 2011

Teixeira Martins, precursor no Bike Polo

Ainda ando a ler aos bocadinhos este "O Pai Natal Não Existe" do comediante Nilton. Tem sido demasiado pouco hilariante e mesmo pouco interessante até o autor fazer uma referência inusitada e surpreendente ao BIKE POLO.
Deixo-vos o excerto do texto que integra a biografia non-sense de Teixeira Martins, uma personagem de quem Nilton faz gato-sapato e lhe pinta o diabo!

Adiado o projecto, regressa a Lisboa onde tira a licença de caça para aprender a andar de bicicleta sem ninguém desconfiar - lembro que o não saber andar de bicicleta era uma das maiores vergonhas de Teixeira Martins.
Participa na Volta a Portugal, mas termina dois meses depois do pelotão, porque insiste em dar a volta completa e junto à fronteira. Processa a organização que lhe oferece uma bicicleta como prémio de participação.
Com ela inicia outro negócio que altera por completo a distribuição do correio em Portugal. Atrasa vinte anos. As cartas chegam três meses depois, às vezes mais.
Falido e sem a bicicleta, que enretanto esquece onde estacionara, investe na sua formação desportiva. Primeiro no pólo aquático, que pratica em casa por não ter piscina, e depois no pólo a cavalo, que pratica com a bicicleta - entretanto lembra-se onde estava estacionada.


imagem: encontrada em chicksandbikes.blogspot